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Quando o corpo guarda o que a alma não pode contar

  • rosangelaferreirap3
  • 17 de jun.
  • 1 min de leitura

Por Rosângela Ferreira


Nem sempre o trauma chega com um grande estrondo. Às vezes, ele se instala no cotidiano, no olhar que não veio, no toque que faltou, na palavra que feriu — ou naquela que nunca foi dita.


Trauma não é apenas o que aconteceu. É, sobretudo, aquilo que aconteceu e não pôde ser integrado, sentido, narrado, cuidado.


Ele vive no corpo, no aperto do peito, no cansaço crônico, no “não sei por que estou assim”. Vive na tensão do maxilar, na ansiedade que não se explica, na dificuldade de confiar ou de se entregar. O corpo guarda o que a alma ainda não conseguiu traduzir em palavras.


Na clínica, acolher o trauma é mais do que compreender o evento.

É escutar o registro que ficou no corpo.

É perceber que antes de falar sobre ele, muitas vezes, é preciso aprender a estar com ele — sem julgamentos, sem pressa.


O processo terapêutico, torna-se um lugar onde a presença cura o que a urgência da vida congelou.


A teoria polivagal nos lembra disso: o sistema nervoso só se reorganiza quando sente segurança. Por isso, não forçamos. Acolhemos.

Criamos um campo seguro para que o corpo possa, pouco a pouco, soltar o que reteve para sobreviver.

  • Quando há espaço para sentir, há espaço para curar.

  • Quando alguém nos vê com respeito e presença, algo dentro de nós começa a se reorganizar.


Se você sente que está vivendo mais no modo de sobrevivência do que em presença, talvez seja tempo de olhar com carinho para essa história.

Estou aqui para escutar — com o tempo que sua alma precisar.

 
 
 

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